quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

ultimamente eu tenho lido bastante sobre temas como astrologia, feminismo, machismo, relacionamentos abusivos, comportamentos humanos.
eu que sempre digo que não me encontro em nada, tenho percebido que me encontro bastante nesses assuntos. acabei de baixar dois livros para ler: o lado feio do amor e outros jeitos de usar a boca. este fala sobre ser mulher nesse mundo, sobre a dor, o silêncio, a frustração e tudo isso em forma de poesia. aquele é um romance não idealizado, sei que tem sexo -oba- e eu simplesmente adoro narrativas sexuais. vamos lá. amanhã é dia de sair pra longe e já tenho companhia, meus novos livros baixados no meu celular.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

o amor. ah, o amor.

o que é o amor?
há aqueles que optam pela definição de luíz vaz de camões "amor é fogo que arde sem se ver..."
há aqueles que preferem as definições de facebook "quem ama nunca abandona"
há aqueles que não sabem
há eu.
eu que nunca sou tão exata nas minhas respostas, pois a infinitude da vida me proíbe de rotular algo tão nobre e simplesmente -não tão simples assim- subjetivo, único, pessoal.
não existe uma só explicação para o que é esse sentimento que promete melhorar o mundo e dar fim ao sofrimento que acolhe a todos nós de uma forma específica e singular. que jura ser capaz de trazer a tão idealizada paz mundial. acabar com a dor do mundo e a doença silenciosa enraizada em cada coração de forma tão sutil e, ao mesmo tempo, devastadora o suficiente para implantar a insegurança, a dor, o medo.
mas medo de quê?
eu tenho para mim que ser humano nenhum é tão único; ser humano nenhum é tão comum.
todos temos nossas semelhanças e particularidades.
isso nos torna humanos.
e isso nos torna vulneráveis.
mas eu acredito na evolução e na capacidade inerente à toda e qualquer alma de reconstrução. ressignificação. 
acredito na força da mente e na imortalidade da essência.
mas eu me pergunto: eu acredito no amor?
tic. tac. tic. tac. 
às vezes, não tenho a resposta. às vezes, fuçando pela internet, vejo notícias de atitudes tão lindas que seria simplesmente covardia não dar uma chance a esse sentimento.
e, mais uma vez, eu me pergunto: o que é o amor?
acredito que não exista uma resposta única na qual todos possam se encaixar, pois todo sentimento é uma honra, e todo ser humano sente à sua maneira. seria egoísmo rotulá-lo.
então eu sigo, certa de que não há nesse mundo ou em qualquer outro uma cura pra mim ou para as minhas perguntas, meus abismos, minhas questões que deixam buracos em minha cabeça.
e para você, o que é o amor?

eu queria...


vou falar um pouco sobre a minha vontade devastadora de me encontrar em algo. em alguma crença, fé ou algo do tipo.
já tentei estudar sobre o espiritismo, kardecismo -acho que são a mesma coisa-, misticismo, xamanismo, vários ismos... mas sempre que a ideia de "Deus" aparece, eu me desinteresso instantaneamente.
no entanto, a fome pelo meu encontro pessoal comigo mesma e pela minha conexão com o Universo de alguma forma ainda queima no meu ser como uma chama que nunca se apaga, apenas tem suas épocas de amenidade. mas eu sei: está sempre ali, gritando para receber a atenção necessária.
de vez em quando eu começo a pesquisar sobre essas coisas, tendo me encaixar em alguma filosofia e não obtenho qualquer sucesso, apenas concretizo que essa vibe mais espiritual não é para mim.
eu quero que seja. quero conseguir meditar, refletir e dominar minhas emoções para que elas não me dominem.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

você foi um furacão

você foi um furacão e eu, uma garota inexperiente, passiva e desesperada por qualquer migalha de amor -ou o que eu achava ser amor- que você estivesse disposto a me oferecer.
você foi mar revolto que pega de surpresa, assusta, afoga, mata. você me pegou de surpresa, me assustou, me afogou, me matou.
mas eu sobrevivi a você.
meu deus, eu sobrevivi a você.
e é simplesmente tão gratificante poder dizer isso depois dos momentos -que pareciam ser infinitos- de dor, angústia, sentimentos de abandono e uma necessidade doentia que eu sentia por você. eu precisava de você como meus pulmões precisam do ar que eu inspiro e expiro. eu sentia você como eu sinto fogo queimando minha pele. eu percebia você com todos os meus 5 sentidos e mais qualquer outro que alguém venha dizer que existe.
eu respirei você e somente por você.
eu abri mão das centelhas de lógica que, vez ou outra, apareciam em meus pensamentos me dizendo para sair daquela situação lamentável que apenas drenava minha alma e qualquer amostra de sanidade que eu me arriscasse a experimentar.
eu estava doente, não sei se você sabe. bom, nunca vai saber.
mas tudo bem, eu ainda tinha você, era tudo que eu precisava.
erro meu.
você terminou comigo dizendo que não sabia mais o que sentia por mim. céus. eu nem sei explicar como exatamente me senti. acho que senti tanta, mas tanta coisa, que no somatório de tudo me restou apenas uma cortina de dúvidas e emoções embaralhadas e eu, uma garota incapaz de traduzir para mim mesma o que estava acontecendo comigo. eu dormi mal naquele dia e sabia o que estava por vir: vômitos, insônia, vômitos, insônia. vontade de morrer.
no começo, bem lá para as primeiras horas, eu achei que conseguiria lidar bem com aquilo. que ok, era só um término, e eu ainda estava inteira. mas eu NÃO estava. infelizmente eu dei a você a responsabilidade de preencher minhas lacunas vazias, meus abismos indecifráveis. te dei o cargo de cura para o veneno que eu era para mim mesma.
os sentimentos de abandono, insuficiência, ódio, mágoa, rancor, desilusão, amargura e buraco me atingiram como uma bala: gélida e covarde que não se preocupa em onde vai te atingir, apenas extingue a sua vida paulatinamente, diante dos seus olhos, sentindo o gosto da sua impotência.
eu te odiei. mas, pior do que isso, eu me odiei. por ter confiado em você, por ter esperado tanto de você, por ter transado com você, por ter amado você com cada célula do meu corpo e cada molécula de oxigênio que entrava e saía desses pulmões que funcionavam para que eu pudesse ser sua.
e, então, eu comecei a chorar. não parei mais. foram exatos 3 dias de total desespero. eu passava horas do meu dia assistindo a vídeos do padre fábio de melo, vídeos sobre superação, recomeço, términos de namoro, ciclos, momentos ruins, tudo. eu precisava de algum conforto. pasme, até tentei voltar a acreditar em jesus e no amor dele por mim -não durou muito-.
você foi um furacão e eu casa de madeira. levou minha estrutura consigo. levou qualquer coisa capaz de me manter de pé. eu estava caída, jogada, implorando aos céus e a qualquer força, energia e afins que tirassem de mim aquele sentimento que não cabia em mim. se alguém me perguntasse se eu preferiria morrer ou superar aquilo com o tempo, eu teria escolhido a morte, pois estava doendo como uma surra no coração, no cérebro, no estômago, na alma.
eu estava dando uma olhada e alguns blogs e parei para refletir sobre a minha própria paixão pela escrita, pela vida que posso dar às palavras e a forma como elas me ajudam a livrar-me da imensidão que eclode no meu peito e queima.
eu tenho um tumblr, mas não quero que ele sirva para isso. lá eu não escrevo nada, só reblogo, aqui vai ser um pouco mais pessoal.
vou falar sobre mim e sobre como me sinto pequena nesse mundo enorme que me engole a todo instante, sobre a minha vontade de lutar contra o sistema, contra a alienação, contra meus pensamentos negativos.

ultimamente eu tenho lido bastante sobre temas como astrologia, feminismo, machismo, relacionamentos abusivos, comportamentos humanos. eu q...